terça-feira, 31 de agosto de 2010

Rede COEP lança terceira edição de prêmio que valoriza a participação social

Rede Nacional de Mobilização pela Vida

O Prêmio Betinho – Atitude Cidadã valoriza as pessoas que no dia a dia lutam contra a fome e pela promoção dos direitos de cidadania. A iniciativa é uma homenagem ao sociólogo Herbert de Souza, um dos fundadores do COEP - Comitê de Entidades no Combate à Fome e pela Vida.

O COEP Nacional e a Rede Mobilizadores lançam, no dia 9 de agosto, a terceira edição do Prêmio Betinho – Atitude Cidadã. Promovido desde 2008, o prêmio valoriza ações sociais realizadas por pessoas de todo o país que se mobilizam de diversas formas para melhorar as condições de vida de comunidades de baixa renda ou das localidades onde vivem.

“Em 1993, o Betinho criou o COEP. Hoje, após 17 anos, temos muitas histórias de mobilização para contar e é com esse espírito de colaboração e de exemplo de atitude cidadã que lançamos a terceira edição do Prêmio”, conta André Spitz, presidente do COEP Nacional.

As ações realizadas pelos candidatos têm diversos focos, desde ações de assistência, capacitações para geração de renda, até a promoção do desenvolvimento sustentável de comunidades e a preservação do meio ambiente. Histórias como a de casais que tiveram filhos com deficiência e criaram associações voltadas para esse público, de ex-dependentes químicos que agora dão palestras sobre prevenção de drogas, de mulheres que criaram cooperativas com o objetivo de ajudar as famílias locais e hoje já atingem outras comunidades em diversos estados são exemplos de algumas iniciativas.

“A divulgação nacional de ações na área social, que muitas vezes ficariam conhecidas somente em suas próprias cidades, estimula o surgimento de iniciativas semelhantes, mobilizando outras pessoas para encontrarem sua forma de participação social”, explica Amélia Medeiros, secretária executiva adjunta do COEP Nacional e coordenadora da premiação.

Os candidatos são indicados pelos integrantes da Rede COEP, formada por organizações de 27 estados e 29 municípios, escolhidos pelas ações sociais que desenvolvem diretamente ou por meio de organizações parceiras.

Novidades

Como nos outros anos, a votação será feita no site do prêmio www.coepbrasil.org.br/premiobetinho, de 9 de agosto a 3 de novembro. Nesta terceira edição, há duas novidades: a primeira é a seção “Minha Mobilização”, que vai reconhecer aqueles que mais se empenharem em divulgar e aumentar a votação no prêmio. Ao votar, a pessoa receberá automaticamente em sua caixa postal um e-mail com um link personalizado gerado pelo site. Para atrair novos votos, basta reencaminhar esse link para sua rede de amigos. Depois, poderá verificar o impacto da sua mobilização, acompanhando a seção no site do prêmio. Ao final da votação será reconhecida a pessoa que se destacou como Mobilizador.

A segunda novidade é o lançamento do “Mapa de Atitudes Cidadãs”, um banco de informações com todas as ações realizadas pelos candidatos das edições anteriores. Novas ações também podem ser cadastradas por pessoas ou organizações que queiram destacar iniciativas desenvolvidas em comunidades de baixa renda. “A descrição da atuação de cada candidato possibilita a criação de um acervo de ideias que podem inspirar outros atores a encontrar seu caminho para participar da construção de um Brasil melhor para todos”, conclui Amélia.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Mais de 200 municípios não receberão livros didáticos do MEC em 2011

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Em 2011, 222 municípios não receberão os livros didáticos que são distribuídos anualmente pelo Ministério da Educação (MEC) de forma gratuita a todas as escolas públicas de educação básica. A partir desse ano, para ter acesso às obras, as secretarias de Educação precisavam aderir ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

A adesão para 2011 chegou a 96%. Dos 222 municípios que não se inscreveram, quatro manifestaram interesse em receber os livros, mas depois do prazo. Nesse caso, as escolas receberão as obras a partir de 2012. Além dessas localidades, 16 escolas federais também não firmaram o termo de adesão.

Até o ano passado, todas as escolas da rede pública recebiam os livros, mas, em alguns casos, as redes de ensino optavam por adquirir materiais didáticos de sua preferência e não utilizar as obras enviadas pelo governo federal. Segundo o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia do MEC responsável pelo programa, o objetivo da mudança foi evitar o desperdício.

A maioria dos municípios que não aderiram, cerca de 150 deles, são do estado de São Paulo. As secretarias de Educação ou entidades que ficaram de fora do PNLD 2011, mas queiram receber as obras em 2012, podem firmar o termo de adesão com o FNDE a qualquer momento.

Para 2011, o PNLD vai atender a estudantes do 6° ao 9° ano do ensino fundamental com obras de português, matemática, história, geografia, ciências e língua estrangeira (inglês ou espanhol).


Edição: Lílian Beraldo

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Biblioteca do DF é referência internacional na inclusão de deficientes visuais

Agência Brasil

Quando perdeu a visão, o aposentado Francisco de Paula, 62 anos, passava a maior parte do tempo em casa, deprimido. Agora, faz aulas de informática, inglês, fotografia, dança e reciclagem de leitura em braille. As atividades que ele desenvolve agora, de segunda a sexta-feira, o fizeram “ressurgir e descobrir uma nova vida”. Elas ocorrem na Biblioteca Braille Dorina Nowill, em Taguatinga, no Distrito Federal.

“Isso preenche meus dias e me sinto feliz com a companhia das pessoas que têm a mesma deficiência que eu, dos professores e dos voluntários”, conta. Um de seus colegas é o aposentado Napoleão Queiroz, 51 anos, que participa da dançaterapia e das aulas de informática. “Estou aprendendo coisas que pensava que não seria capaz de fazer”, diz.

A Biblioteca Dorina Nowill atende todo mês, em média, 80 deficientes visuais como Francisco e Napoleão. Além dos adultos, que buscam o resgate da autoestima, há jovens que frequentam o ensino regular e fazem aulas de reforço. Os voluntários leem textos e exercícios das apostilas escolares, impressas em tinta, e tiram dúvidas do conteúdo. “É bom saber que posso ajudar e me sentir útil”, afirma a voluntária Valéria Freitas, 24 anos, estudante, que dá aulas de reforço de inglês e biologia.

A biblioteca também promove a ressocialização de seus frequentadores. “Idosos que ficaram cegos e deprimidos em casa se sentem inseridos novamente na sociedade. Juntos, eles se sentem iguais”, afirma a professora e funcionária da instituição Maria Ildérica. “Há uma preparação para o mundo lá fora. Muitos se sentem estimulados a voltar a estudar ou trabalhar. Ninguém segura o deficiente quando ele sente esse gostinho de voltar à vida”, completa a fundadora da biblioteca, Dinorá Couto Cançado.

Outra atividade é a alfabetização em braille. A biblioteca empresta aproximadamente 2 mil obras literárias e didáticas em braille. Há também livros impressos em tinta, que podem ser gravados em áudio por voluntários ou apresentados em rodas de leitura. Segundo Dinorá, a biblioteca tornou-se referência nacional e mundial pelo seu trabalho literário e social. Com frequência, ela é convidada para participar de congressos, seminário e cursos em vários países.

Na sexta-feira (20/8), às 20h, ela estará no estande do Plano Nacional do Livro e Leitura, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, para debater o projeto Luz e Autor em Braille. Dinorá vai contar como foram os encontros de autores com deficientes visuais na biblioteca durante cinco anos, de 1995 a 2000. O projeto consistia em permitir uma conversa entre autores e leitores para, a partir daí, os deficientes visuais escreverem um texto inspirado no escritor. O texto podia ser uma crônica, poesia ou até música. As produções foram reunidas na coletânea Revelando Autores em Braille, publicada em 2001.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Exposição sobre Fernando Pessoa abre hoje para o público

PublishNews - 24/08/2010 - Por Redação

Em “Fernando Pessoa, plural como o universo”, em cartaz de hoje (24) até o dia 30 de janeiro no Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/n – Luz – São Paulo/SP), o público terá a oportunidade de conhecer, ou reconhecer, algumas das personas do poeta português, que se revelam nos versos assinados por seus heterônimos e por “Ele-mesmo”, e de observar a interação entres esses e outros vários personagens literários criados simultaneamente ao longo de seus 47 anos de vida. Com curadoria de Carlos Felipe Moisés e Richard Zenith e projeto cenográfico assinado por Helio Eichbauer, a exposição mostrará toda a multiplicidade da obra de Pessoa e pretende conduzir o visitante a uma viagem sensorial pelo universo do poeta, fazendo-o ler, ver, sentir e ouvir a materialidade de suas palavras. Essa será a primeira vez que o Museu da Língua Portuguesa vai abrigar uma exposição sobre um autor português. Veja outros detalhes da exposição no “Leia Mais”.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

I Seminário LiteraSampa



Para se inscrever, preencha a ficha (modelo abaixo) e envie para literasampa@gmail.com até 10 de setembro. Aguarde confirmação da inscrição por e-mail.


sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Leitura e aprendizado - Frei Betto

CORREIO BRAZILIENSE - 20/08/2010


No Brasil se lê, em média, 1,3 livro por ano. Nos EUA, 11; na França, 7; e na Argentina, 3,2. E há em nosso país 2.980 livrarias, uma para cada 64 mil habitantes. A Unesco considera razoável uma livraria para cada 10 mil habitantes.

O Ministério da Cultura garante que até o fim do governo Lula serão inauguradas bibliotecas públicas em 2 mil municípios. Tenho minhas dúvidas. O prazo para captar recursos do governo federal destinados à revitalização de bibliotecas públicas se encerrou em meados de julho. Apenas 300 dividirão os R$ 30,6 milhões liberados.

O que significa que cada município, com apenas R$ 102 mil, deverá modernizar instalações, atualizar o acervo, melhorar o acesso de leitores portadores de deficiências e ainda criar bibliotecas ramais (em distritos, bairros da periferia e zona rural). Também duvido, a menos que as prefeituras descubram como multiplicar dinheiro e capacitação de pessoal.

Há, em todo o país, 4.763 bibliotecas. Uma para cada 33 mil habitantes. Na Argentina há 1 para cada 17 mil. Em 420 cidades brasileiras não existem bibliotecas ou se encontram fechadas. As nossas emprestam, em média, apenas 296 livros por dia, o que é muito pouco. E só 29% delas têm acesso à internet. Os dados são do Censo Nacional das Bibliotecas Públicas Municipais, realizado pela Fundação Getulio Vargas a pedido do Ministério da Cultura.

Pesquisa do Observatório do Livro revela que o alto preço é, para 67% dos leitores, a principal razão de se recorrer à copia xerox de um exemplar, embora isso seja proibido por lei. Outros 20% justificam a ilegalidade por não encontrarem o título nas livrarias. E 13% alegam que, nas faculdades, é mais fácil xerocar do que procurar o livro a ser emprestado ou comprado.

Segundo a Unesco, o Brasil tem 13,8 milhões de analfabetos. Sem contar os analfabetos funcionais, um universo que engloba 54% da população entre 15 e 64 anos que cursaram até a 4ª série e, no entanto, não são capazes de compreender textos longos e muito menos redigir uma carta sem graves erros de concordância e sintaxe.

Nos EUA, pesquisa das universidades de Nevada e da Califórnia constatou que quanto mais livros há numa casa, mais anos de escolaridade atingirão as crianças que a habitam. O nível cultural e de escolaridade dos pais também influencia, porém menos que a disponibilidade de livros no lar. Além de serem úteis no aprendizado escolar, ampliam o vocabulário e a imaginação, o conhecimento de história e geografia e a capacidade de refletir e argumentar.

Hoje se recomenda a leitura de histórias infantis desde a primeira semana de vida do bebê. Ainda que se tenha a impressão de total desinteresse da parte dele, na verdade isso o ajuda a aprimorar as sinapses cerebrais, ou seja, a conexão entre os 100 bilhões de neurônios do cérebro. O que é meio caminho andado para que, na idade da razão, ele seja mais capaz de construir sínteses cognitivas, sabendo relacionar as partes com o todo e fragmentar o todo em suas partes constituintes.

Não basta apenas ler a história. É preciso interagir com a criança: mostrar figuras, fazer perguntas, reproduzir sons sugeridos, imitar personagens etc.

Vale recordar que assimilamos 90% de tudo que é importante aprender para fazer de cada um de nós um ser humano até os seis anos de idade: comer, andar, falar, distinguir pessoas e relações de parentesco, discernir ocasiões de perigo ou risco, aprimorar o instinto de sobrevivência etc.

Crianças que escutam histórias desde cedo enriquecem seu vocabulário e desenvolvem a capacidade de compreensão e aprendizado. Pesquisas comprovam que o hábito da leitura em casa possibilita melhor aproveitamento escolar.

O grande perigo, hoje, é ver crianças e adolescentes "sequestrados" intelectualmente pela hipnose televisiva de baixa qualidade ou navegando à deriva na internet. No caso da TV, o risco de abdicarem da própria imaginação em prol das fantasias projetadas no monitor. Na adolescência, poderão buscar suprir a carência através das drogas.

O risco do uso abusivo da internet, sobretudo quando se navega sem direção, é ser bombardeado por um fluxo de estímulos e informações sem estrutura cognitiva e moral para selecioná-los ou discerni-los. E é bom lembrar que ver o que aparece na TV e na tela do computador não equivale a ler e, muito menos, a escrever.

Bem cantavam os versos de Castro Alves, no século 19: "Oh! Bendito o que semeia / Livros... livros a mão cheia / E manda o povo pensar! / O livro caindo n'alma / É germe que faz a palma / É chuva que faz o mar."


Frei Betto é escritor, autor de Maricota e o mundo das letras (Mercuryo Jovem), entre outros livros para crianças e jovens (www.freibetto.org e twitter:@freibetto)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Mais Cultura investe R$ 5 milhões para reconstruir bibliotecas de Alagoas

Oito cidades arrasadas pelas chuvas de junho terão seus equipamentos culturais recuperados

Fonte: Mais Cultura 13/08/2010


As oito cidades de Alagoas que tiveram suas bibliotecas públicas municipais destruídas terão seus equipamentos refeitos pelo Ministério da Cultura, em parceria com o governo do estado e os municípios. Em reunião ontem, em Alagoas, coordenada pela Secretaria de Cultura do Estado, o MinC apresentou a proposta de reconstrução das bibliotecas, por meio do Programa Mais Cultura.

Desde as enchentes, em junho, o ministério tem monitorado a situação das bibliotecas públicas municipais das cidades atingidas pelas cheias no Nordeste. Em parceira com a Secretaria de Cultura do Estado, foram levantadas oito cidades que tiveram seus equipamentos danificados: Paulo Jacinto, Branquinha, Murici, Quebrangulo, Rio Largo, Santana do Mundaú, Capela e Viçosa. No último dia 29 de julho, foi publicada Medida Provisória do Presidente da República destinando R$ 5,16 milhões para a construção de novas bibliotecas no lugar daquelas que tiveram seus prédios destruídos e a modernização das que foram afetadas pelas cheias, mas que preservaram seus prédios.

As bibliotecas a serem implantadas contemplam um novo modelo de equipamento cultural, do Programa Mais Cultura, em que o local tem um jardim de leitura integrado, um pequeno auditório, espaço para brincar e computadores conectados à internet. Cada nova biblioteca terá uma área construída de 310 m², com acervo inicial de mil livros.

Serão investidos R$ 450 mil pelo MinC, em cada biblioteca, incluindo a construção, acervo e mobiliário. Como contrapartida, o município doa o terreno onde será instalada a biblioteca, comprometendo-se a criá-la por lei, além da dotação orçamentária para a mesma. Por sua vez, o governo do estado irá disponibilizar equipe para orientar a instalação, bem como capacitar os profissionais do município que irão trabalhar no equipamento.

No final de agosto, equipes do MinC e do Governo do Estado de Alagoas farão visitas técnicas aos municípios atingidos. As prefeituras se comprometeram a entregar laudos técnicos referentes ao terreno onde será construída a biblioteca.

A técnica construtiva a ser aplicada pelo MinC permite agilidade no prazo de entrega do serviço. A proposta é que sejam utilizados materiais sustentáveis, como o solo-cimento, que utiliza matéria-prima abundante e tem um sistema de encaixe com redução de argamassa. Além disso, haverá o uso de cobertura com proteção termoacústica e sistemas de ventilação cruzada pelas partes altas, que permite iluminação natural intensa.

Além da construção das bibliotecas, o MinC também irá apoiar os demais municípios atingidos pelas enchentes, que não tiveram a biblioteca destruída, mas precisarão de apoio para a recuperação de acervo e mobiliário. Será marcada uma reunião com os prefeitos destas cidades para a elaboração de um plano de ação. Até o momento foram identificados 11 municípios nesta situação.

Mais informações: Neila Baldi (61) 2024-2629 / 2649 / 9104-3514

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Minas é um dos estados que menos consome livros


Pesquisa do Ibope indica que mineiros gastam menos com livros que fluminenses, paulistas e amazonenses. Belo-horizontino perde feio para moradores de Senador José Bento e de Luisburgo

Fonte: DIVIRTA-SE, Portal UAI - 17/08/2010


Minas Gerais é um dos estados que menos consomem livros no Brasil, revela pesquisa do Ibope Inteligência. De acordo com o diretor de Geonegócios do instituto, Antônio Carlos Ruótolo, os números mostram que o estado está “mais alinhado com o Nordeste que com o Sudeste” em termos de leitura.

A pesquisa indicou que cada pessoa gasta R$ 14,40/ano com livros em Minas Gerais. A média brasileira é R$ 30/ano. A diferença fica ainda mais gritante quando o estado é comparado ao Rio de Janeiro. Anualmente, os fluminenses, campeões no Brasil, gastam R$ 67,03 com livros. A enquete foi feita de agosto de 2009 a janeiro deste ano e ouviu 19.456 pessoas em todos os estados do país.

Susto

“Catorze reais? Achei que era isso por mês!”, reagiu a administradora Ana Luisa Almeida ao ficar sabendo dos números do Ibope. Ela passou parte de seu domingo em uma livraria na capital mineira e destina R$ 300 aos livros por ano.

Em Belo Horizonte, o gasto médio da população com o produto é de R$ 25,32/ano, abaixo da média nacional. A capital fluminense vem em primeiro lugar: anualmente, cariocas destinam R$ 95,60 aos livros. Em seguida vêm os paulistanos (R$ 67,31) e os brasilienses (R$ 61,32).

Edésio de Souza, gerente da Livraria Leitura do Pátio Savassi, na Zona Sul da capital mineira, estranhou o resultado da enquete. De acordo com ele, sua loja vende R$ 400 mil em livros mensalmente. A unidade do BH Shopping supera esse valor. “Talvez o Ibope tenha feito a pesquisa no Vale do Jequitinhonha”, especula Souza. Entretanto, a enquete abrange toda a Minas Gerais. O estado, anualmente, gasta R$ 244,8 milhões com livros, informa o Ibope.

“O poder aquisitivo mineiro é menor”, observa Ernelson Alves Ribeiro, um dos funcionários da Leitura. “Os livros custam o mesmo que em São Paulo, mas o salário daqui é mais baixo. Por isso os mineiros compram menos”, especula ele.

AMAZONAS

A pesquisa do Ibope trouxe surpresas, além do baixo consumo de livros por parte dos mineiros. O Amazonas, por exemplo, está em quarto lugar no ranking: seus habitantes gastam R$ 39,55 por ano com o produto. No estado de São Paulo são adquiridos 38% dos livros do país. Em termos de gastos, paulistas ficaram em terceiro lugar (com R$ 47/ano), atrás do Rio de Janeiro (R$ 67,03/ano) e do Distrito Federal (R$ 61/ano).

Entre os cinco estados que menos gastam, o Piauí aparece em primeiro lugar. Seus habitantes desembolsam R$ 7,89 por ano com livros. Em seguida vêm Alagoas (R$ 8,65) e Sergipe (R$ 9,09). Pernambuco e Roraima quase empatam na quarta posição, com R$ 12,76 e R$ 12,92, respectivamente.

Senador José Bento brilhou

A pesquisa do Ibope mostrou que, em Minas Gerais, a população de pequenas cidades gasta mais que belo-horizontinos na hora de comprar livro. Senador José Bento, município sul-mineiro, tem 3 mil habitantes e lidera o ranking das aquisições no estado.

Os senabentenses não contam com emissora de rádio ou jornal próprio, a escola local oferece até o ensino médio, mas o cidadão do município destina R$ 34,38/ano aos livros. “Fico muito feliz em saber disso”, afirma Marileia Fernandes, secretária de Educação de Senador José Bento.

Entre os municípios que deixam os belo-horizontinos para trás estão Comendador Gomes (R$ 33,73/ano), Gonçalves (R$ 33,28), Luisburgo (R$ 29,43) e Pedra Bonita (R$ 28,72). Curiosamente, todas essas cidades têm menos de 7 mil habitantes e suas escolas oferecem até o nível médio.

Há municípios mineiros que apresentam gastos extremamente baixos com o produto. Juvenília tem pouco mais de 6 mil habitantes; cada um deles destina, em média, R$ 3,92 a livros por ano. Curral de Dentro, Padre Carvalho, Fronteira dos Vales e Divisa Alegre integram a lista das cidades que menos compram o produto no estado.

O Ibope credita o baixo gasto com livros em Minas Gerais à demanda reprimida. “Com exceção de algumas poucas regiões, Minas tem muitas cidades pequenas, que não contam com livrarias. A pessoa tem interesse de comprar, mas não pode. É um problema de distribuição”, afirma Antônio Carlos Ruótolo, diretor de Geonegócios do instituto. Curiosamente, o município de Senador José Bento, que lidera a lista dos melhores compradores, não tem livraria.

Veja os números da pesquisa

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Preços dos livros em queda

Boletim Livro Leitura - Edição nº 219 - 16 a 22/08/2010

Foi apresentada no último dia 10 pesquisa sobre o setor livreiro realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) com a coordenação da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE/ USP). Destaque para tendência de preços de queda e o aumento das vendas. Os dados divulgados no site da CBL mostram que “a venda de livros cresceu, em Reais, 4,3% e, em exemplares vendidos, 8,3%”. Também houve um aumento de 5% entre os lançamentos de títulos de autores nacionais.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Minha Biblioteca 2010 terá lançamento amanhã

PublishNews - 16/08/2010 - Por Redação

A Secretaria Municipal de Educação e a Câmara Brasileira do Livro lançam nesta terça-feira, às 10h30, o Programa Minha Biblioteca 2010. Estão convidados editores, distribuidores, livreiros e creditistas para a cerimônia que será no Espaço das Orquídeas da 21ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

III Seminário Internacional de Bibliotecas Públicas e Comunitárias

A construção de um Brasil leitor é um trabalho conjunto que envolve governoe sociedade civil. O Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL) mostra em seu Mapa de Ações a pluralidade de atividades e intervenções em prol dadisseminação do livro e da leitura no país. Neste contexto, destaca-se opapel preponderante das bibliotecas públicas e comunitárias no incentivo eno acesso gratuito à leitura. Alinhados com o propósito de elevar cada vezmais o número de leitores no Brasil, o Governo do Estado de São Paulo -Secretaria de Estado da Cultura e Governo Federal - Ministério da Educação- Ministério da Cultura - Plano Nacional do Livro e Leitura, se unem,novamente, para a realização do "III Seminário Internacional de BibliotecasPúblicas e Comunitárias" e "III Fórum Nacional do Livro e Leitura" queacontecerá no período de 19 a 21 de agosto de 2010, em paralelo à 21ª.Bienal Internacional do Livro de São Paulo, no Anfiteatro Elis Regina, noPalácio das Convenções do Anhembi, na cidade de São Paulo, SP.Como ocorrido nas edições anteriores o evento reunirá profissionais epessoas interessadas em compartilhar experiências, interagir com novosprojetos, integrar-se com novas ações, conhecer novas alternativas deatuação e enfrentar novos desafios.

Contamos com sua presença!

Inscrições Gratuitas/Vagas Limitadas

Informações: http://www.bibviva.com.br/

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Prorrogadas as inscrições para o 2º Prêmio Ecofuturo de Educação para a Sustentabilidade

Inscrições prorrogadas até o dia 15 de setembro!

Participe deste desafio de pensar e sonhar como construir uma realidade sustentável na escola, em casa e em todo o planeta.

Os proetos mais criativos serão pubicados em livro, e os autores receberão R$ 3 mil em dinheiro e uma coleção de livros de literatura e ecologia.

Suas ideias não podem faltar a este encontro!

Para saber mais, acesse www.ecofuturo/premio ou envie e-mail para premio@ecofuturo.org.br

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Sai a lista do PNBE

PublishNews - 10/08/2010 - Por Redação

Foram divulgados ontem (9), no Diário Oficial da União, os cerca de 300 livros selecionados pelo Programa Nacional Biblioteca da Escola – PNBE 2011. As obras escolhidas serão distribuídas às escolas públicas federais, das redes de ensino municipais e estaduais, que ofereçam os anos finais do ensino fundamental e/ou ensino médio. Foram contemplados livros de 111 editoras ou selos. Companhia das Letras, Comboio de Cordas e Boa Viagem lideram a lista. Se você não concordou com a não seleção de determinado título, pode mandar um ofício à Secretaria de Educação Básica – SEB/MEC pedindo o parecer. Agora, os editores que tiveram suas obras escolhidas serão convocados para a etapa de habilitação. Confira a lista.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Pesquisa revela que os brasileiros estão lendo mais

Boletim Livro e Leitura Edição nº 217 - 02 a 08/08/2010



Pesquisa realizada pela Associação Nacional de Livrarias (ANL) aponta um aumento de 11% no número de livrarias brasileiras em relação ao que havia em 2006 e que os brasileiros estão agora lendo 1,9 livros por ano. Em depoimento ao jornal Bom Dia Brasil , daTV Globo , Vitor Tavares, presidente da ANL, diz que este índice ainda é muito baixo. “Ainda é 1,9 livro/ano lido por habitante ano. Isso é muito pouco e muito aquém de países latino-americanos. Na Argentina, se lê em torno de cinco. No Chile, três. Na Colômbia, se lê 2,5 livros por ano”, declara. O levantamento também mostra que os títulos infantis e juvenis são os mais vendidos e que a maioria das livrarias (56%) não faz vendas pela internet.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Movimento por um Brasil Literário na Flip 2010

Durante a Flip 2010, a Casa Brasil Literário é ponto de encontro obrigatório para quem visita a cidade de Paraty. É lá, na Rua da Matriz n. 20, centro histórico dessa simpática vila colonial, que o grupo responsável pelo Movimento por um Brasil literário oferece aos visitantes uma programação própria e repleta de surpresas.

O Movimento começou durante a Flip 2009, quando foi lançado o Manifesto por um Brasil literário <http://www.brasilliterario.org.br/manifesto.php> , escrito pelo poeta mineiro Bartolomeu Campos de Queirós para dar voz à proposições que reúnem o Instituto C&A, a Associação Casa Azul, a Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, o Instituto Ecofuturo e o Centro Cultural Luiz Freire, dentre outros, para tornar o Brasil uma “sociedade leitora”. Mas, hoje, a iniciativa já possui mais de quatro mil associados e você também pode aderir através do site www.brasilliterario.org.br <http://www.brasilliterario.org.br> .

Em seu primeiro ano de atividades o Movimento vem se fortalecendo e já fez o suficiente para mostrar os primeiros resultados durante essa semana em Paraty. Na quinta-feira pela manhã será lançado o documentário A palavra conta; ao meio dia da mesma quinta-feira a Casa Brasil Literário será inaugurada; à tarde, o público presente tomará contato com o caso de implantação de bibliotecas escolares nas escolas públicas de Caruaru, PE. Já na sexta-feira, será apresentado ao público o relatório da pesquisa Mídia e promoção da leitura literária para crianças e adolescentes, realizada pelo Movimento em parceria com a Agência de Notícia dos Direitos da Infância <http://www.andi.org.br/> (ANDI). Em vários outros horários a Casa será ocupada por autores e ilustradores infantis e juvenis. Gente como Roger Mello, Maurício Negro, Bia Hetzel e Sandra Pina, que sempre rendem um bom papo.

Destaques da programação do Movimento por um Brasil literário

05-ago-2010, quinta-feira

10h00 A Palavra Conta, documentário, 40min, direção Duto Sperry, Casa de Cultura de Paraty
12h00 Abertura oficial da Casa Brasil Literário, Casa Brasil Literário
15h00 Diálogos sobre políticas públicas de leitura, caso das bibliotecas escolares de Caruaru, Casa Brasil Literário

06-ago-2010, sexta-feira

11h00 Mídia e promoção da leitura literária para crianças e adolescentes, Casa Brasil Literário
CASA BRASIL LITERÁRIO, Rua da Matriz n. 20, Paraty – RJ

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Bienal põe R$ 30 milhões para recuperar público jovem

Feira de livros investe no vampirismo e em artistas de TV para difundir o hábito da leitura e reverter queda de 9% na visitação

Folha de São Paulo - 03 de agosto de 2010

A 21ª Bienal Internacional do Livro, que acontece em São Paulo de 12 a 22 de agosto, terá a mais cara e extensa programação da história do evento para conquistar o público infantil e adolescente. O investimento total é de R$ 30 milhões para 1.100 horas de programação cultural.

Na última edição do evento (2008) foram gastos R$ 22 milhões para 684 horas. Realizada pela CBL (Câmara Brasileira do Livro), a feira aposta em mudanças após constatar uma queda de público de 9% em 2008. A principal delas foi a criação de um conselho curador.

"O papel do conselho foi criar uma programação em sintonia com o público e que criasse interesse pelo livro", diz Eduardo Mendes, diretor-executivo da CBL. Sintonia buscada, principalmente, com os jovens.

O primeiro dia de visitação aberta para o público (numa sexta-feira, 13) terá o vampirismo como assunto. Inspirado no sucesso da série "Crepúsculo", o Salão de Ideias, principal espaço da Bienal, terá decoração voltada ao tema.

Zé do Caixão e Dacre Stocker, sobrinho-bisneto de Bram, autor de "Drácula" (1897), estarão presentes. O Salão de Ideias ainda terá o norueguês Jostein Gaarder, autor de "O Mundo de Sofia", sucesso mundial entre o público jovem.

Feição mais pop também terá o Palco Literário, em que Regina Duarte e Nívea Stelmann, entre outros atores, farão leituras dramáticas. Outra novidade é um espaço dedicado à gastronomia.

"A ideia é mostrar que o livro está associado a outras formas de cultura", diz Mendes. Mais informações podem ser conferidas no site oficial www.bienaldolivrosp.com.br.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Raimundo Carrero vence Prêmio SP de Literatura

Marcos Almeida - Folha de São Paulo, 03 de agosto, 2010

O escritor e jornalista pernambucano Raimundo Carrero foi o grande vencedor da segunda edição do Prêmio São Paulo de Literatura, entregue ontem no Museu da Língua Portuguesa.Seu romance "A Minha Alma É Irmã de Deus" (ed. Record) foi eleito o melhor livro de 2009. O autor dedicou o prêmio à mulher. "Vou dizer a frase mais falada da literatura: Marilena, eu te amo".

Carrero ganhou, em 2000, o Prêmio Jabuti por "As Sombrias Ruínas da Alma"; em 2008, foi finalista do Portugal Telecom, com "O Amor Não Tem Bons Sentimentos".Edney Silvestre, apresentador do "Espaço Aberto Literatura" (Globo News), foi escolhido o melhor autor estreante por "Se Eu Fechar os Olhos Agora" (ed. Record).

Cada um dos vencedores receberá R$ 200 mil, o maior valor pago a um prêmio literário no país. Ao todo, 217 romances foram inscritos para disputar o prêmio.

Concorriam na categoria melhor livro do ano dez autores, incluindo nomes consagrados como João Ubaldo Ribeiro ("O Albatroz Azul"; ed. Nova Fronteira), Chico Buarque ("Leite Derramado") e Bernardo Carvalho ("O Filho da Mãe"), os dois últimos pela Companhia das Letras.

Entre os finalistas em romance de estreia, estavam Ivana Arruda Leite ("Hotel Novo Mundo"; Editora 34), Lívia Sganzerla Jappe ("Cisão"; ed. 7 Letras).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Museu da Língua Portuguesa apresenta a Primeira Oficina de Games Literários

Fonte: Eutrapelia

Em Agosto, teremos a 1ª Oficina de Games Literários no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo. Serão 6 encontros, aos sábados, das 14:00 às 17:00. E sabe o que é melhor sobre essa oficina? Ela é inteiramente GRÁTIS.

A oficina se propõe a fornecer aos participantes condições de desenvolver protótipos de videogames, a partir de contos e poemas, utilizando game engines. Um exercício de tradução intersemiótica visando à criação de objetos de arte virtuais. A oficina terá todo um embasamento da teoria dos games a fim de caracterizar um roteiro que será adaptado da literatura. Os conceitos de Game Design serão abordados amplamente e a parte prática capacitará o aluno a desenvolver um protótipo jogável!


Confira a programação:


28/08 – Introdução ao Game Design e Estudo das Estruturas Primárias



04/09 – Narratividade nos Games e Transposição da Literatura



11/09 – Adaptação do Conto/Poesia em Game



18/09 – Estruturação de Objetos e Dinamismo



25/09 – Teste de Jogabilidade e Interatividade



02/10 – Ajustes finais e Apresentação para a Sala



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